terça-feira, 1 de janeiro de 2013

BA - VI A Rivalidade em Números

Ba-Vi é o nome que se dá ao clássico futebolístico em que se enfrentam os dois principais clubes da cidade de Salvador, o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória.
É provavelmente o maior clássico da Região Nordeste do Brasil, envolvendo o Tricolor de Aço e o Leão Rubro-Negro, em confrontos desde 18 de setembro de 1932 (Bahia 3 a 0 Vitória) com a maior parte deles sendo disputados no Estádio da Fonte Nova.

História do Ba-Vi

O Bahia, Campeão da Taça Brasil de 1959 e do Campeonato Brasileiro em 1988 e o Vitória, Vice-Campeão Brasileiro de 1993, tem uma rivalidade um pouco mais tardia que a maioria dos grandes clássicos do Brasil, isto porque o Vitória, apesar de fundado em 13 de Maio de 1899 e ter sido um dos pioneiros a ter criado um departamento de futebol, em 1902, só passou a dar real importância ao futebol na década de 1950. Só a partir de então, o confronto assumiu ares de decisão, em cada encontro entre esses dois grandes clubes. Antes do Vitória, o Bahia rivalizava com o Galícia, Ypiranga,confrontos denominados"Clássico das Cores"(Contra o Galícia) e Clássico das Multidões"(Contra o Ypiranga) e Botafogo-BA ( confronto que se chamava "Clássico do pote"). E antes do Bahia existir, o Vitória mantinha clássicos de menores dimensões nos primórdios do futebol na Bahia com o São Salvador, chamado "Ajuste de Contas".[1]
A partir da conquista do Campeonato Brasileiro de 1988 pelo Bahia, pensou-se que este clube assumiria de vez o comando do futebol baiano, sem adversários à sua altura. Entretanto, a partir daí o Vitória assumiu a hegemonia do futebol baiano, conquistando a maioria dos campeonatos e ganhando a maioria dos Ba-Vis. Para isso muito pesou a construção do Estádio Manoel Barradas o Barradão, onde o Vitória costuma levar vantagem em seus jogos. Apesar disso, o Bahia ainda mantém grande vantagem nas estatísticas, obtida em décadas de domínio do Campeonato Baiano de Futebol.

O primeiro Ba-Vi

À época do primeiro confronto, em 1932, a dupla Ba-Vi vivia momentos distintos. O recém nascido Bahia era só alegria. Fundado um ano antes, havia conquistado o Estadual logo na estréia. O time era a grande sensação local. Por outro lado, o futebol do já trintão Vitória atravessava uma fase de instabilidade, porque ainda não havia adotado o profissionalismo. Em 1932, o rubro-negro decidiu voltar à disputa do Baianão, após um tempo de ausência, motivado pelo sucesso do novato Bahia.

Neste contexto é que o primeiro Ba-Vi da história aconteceu, em 10 de abril de 1932, no Campo da Graça. Mas, com um detalhe: teve apenas 20 minutos. O clássico foi válido pelo Torneio Início do Estadual daquele ano. A competição preliminar ao Baianão era tradicional à época, disputado em jogos eliminatórios de 20 minutos por todos os participantes do Estadual, no mesmo dia e local.
O primeiro Ba-Vi foi realizado no Campo da Graça, Avenida Euclides da Cunha, em Salvador. Válido pela segunda rodada do Torneio Início de 1932. Começou às 16h05 e teve como árbitro Vivaldo Tavares. Após um discurso de Ranulfo Alves, a bola rolou.


Raul, o autor do primeiro gol 
dos Ba-Vis.( foto)


Com um time melhor, mais entrosado, base formada ao longo da campanha do título estadual de 1931, o Bahia foi para cima do recém formado Vitória. No primeiro ataque, Gambarota recebeu na direita, passou por De-Vecchi e chutou por cima do gol. Detalhe é que De-Vecchi era goleiro, mas estava jogando na linha, pelo meio-de-campo. O Vitória deu a resposta com Maroto. Ele fez um cruzamento “venenoso”, que quase resultou em gol.
Perto do fim do primeiro tempo, Raul recebeu na entrada da área e chutou no cantinho do goleiro Valter, para fazer o gol, o primeiro da história dos Ba-Vis. O Tricolor ia para os vestiários tranqüilo. Além do 1 a 0, tinha dois escanteios de vantagem sobre o adversário. O número de “esquinados” era o segundo critério desempate.
Na etapa preliminar, o Bahia voltou melhor e não teve trabalho para chegar ao segundo gol, com Gambarrota, de cabeça, completando cruzamento de Rubinho. Pouco tempo depois, Raul recebeu passe de Bayma, invadiu a área e chutou forte. O placar final – 3 a 0 - classificou o Bahia para a rodada seguinte do Toneio Início, que acabaria sendo conquistada pelo time de Raul, Bayma e cia.

Bahia 3 x 0 Vitória

Data: 10 de abril de 1932
Local: Campo da Graça
Competição: Torneio Início do Campeonato Baiano
Árbitro: Vivaldo Tavares
Gols: Raul (2) e Gambarota
Bahia: Teixeira Gomes; Leônidas e Odilon; Milton, Canoa e Gia; Bayma, Wanderley, Raul, Rubinho e Gambarrota.
Vitória: Walter; Gilberto e Alencar; Raymundo, Zezito e Carneiro; De-Vecchi, Manelito, Romeu, Coutinho e Zelito Magalhães.


Os Massacres

As goleadas foram muito comuns no início da disputa dos clássicos. As mais freqüentes eram do Bahia, já que o Vitória só veio se profissionalizar em 1953. O tricolor fez a festa. Deu de 10 duas vezes , venceu outra por 9. Ganhar de 5 ou 7 era rotina. Mesmo assim, o leão não deixou de dar as suas sapecadas. Em 48, por exemplo, fez 7 a 1.

No início dos clássicos, goleadas como essa eram frequentes.
A partir da década de 1950, os “massacres”, como as goleadas são chamadas no mundo do futebol, passaram a ser mais raros, o que os valorizou. Desde então, com o crescimento cada vez maior da rivalidade, passaram a ser comemorados como verdadeiros títulos pelos torcedores. Motivos para gozação máxima.
Em meados da década de 1990, os “massacres” voltaram com tudo e, para azar dos tricolores, favoráveis ao Vitória. Antes, o clássico registra apenas duas goleadas importantes: 5 a 1, em 1958, e 5 a 0, em 1986. Com o fortalecimento de suas divisões de base e contando com um aliado de peso, o Barradão, o leão fez equipes mais fortes e passou a deitar e rolar sobre o maior rival. Começou em 1994, com um 4 a 0. Em 1995, aplicou 4 a 1. Em 1996, fez 5 a 2. O ápice foi em 2005, quando, em casa, o rubro-negro fez 6 a 2, sua maior goleada em 57 anos.
Separamos duas das maiores goleadas aplicadas por cada time para o início desta seção. A maior delas, o 10 a 1 do Bahia, em 1939, não podia faltar. Para deleite dos tricolores, disponibilizamos ainda o resumo de outra vitória por 10, um ano antes. Os rubro-negros fazem a festa com goleadas mais freqüentes, o 5 a 2, de 1996, e o 6 a 2, em fevereiro deste ano, ambas, na toca da fera, o Barradão. Saiba como foi.

“Escore arranha-céu”

Salvador vivia um clima de muita expectativa para o Ba-Vi do dia 28 de novembro de 1938. O jogo podia dar o título antecipado do turno para o tricolor. O Vitória estava em último lugar no Estadual e, no clássico anterior, havia levado de 9 a 4 do eterno rival. Muitos esperavam uma revanche do mordido rubro-negro. O jornal A Tarde previa um jogo difícil, e trazia o seguinte comentário em sua edição do dia da partida:
“Líderes da tabela, os tricolores não estão seguros de vencer a porfia. Apesar da solidez de sua retaguarda e da ação produtiva de sua ofensiva, a turma do Vitória é uma ameaça terrível, capaz de tirar o título de invicto do turno. Os rubro-negros empregarão extremos esforços para vencer a jornada”.
O leão acreditava mesmo que poderia dar o troco no rival, como está expresso nas palavras do centroavante Ciridão, o Ciri – “O Bahia é forte, tem o melhor conjunto da cidade, mas não é invencível”.
Mas quando a bola rolou, o tricolor comprovou toda sua superioridade. É verdade que as coisas não começaram assim tão fáceis. Foi o Vitória que abriu o placar, com Mozart, logo aos seis minutos. Atiçaram a fera com vara curta e tomaram uma lavada.
Estreante, recém contratado do Bonsucesso, Marzol foi o maestro da virada. Aos, 12, foi dele o passe para Vareta empatar. Aos 18, Marzol mesmo se encarregou de marcar o segundo. Num ritmo alucinante, o Bahia já vencia por 5 a 1 aos 38 minutos do primeiro tempo, com Pedro Amorim, Vareta e Jorge completando o placar parcial.
No segundo tempo, o Bahia aproveitou o desespero e a apatia do rival para dobrar o escore. Nos primeiros trinta minutos, Marzol e Pedro Amorim fizeram mais dois. Manoelito diminuiu e os tricolores não gostaram. Para descontar o atrevimento do adversário, o time fez mais três tentos em apenas cinco minutos, através de Marzol, Vareta e Pedro Amorim.
O saldo rubro-negro ao apito final do árbitro Anísio Silva era terrível. Pela primeira vez em 40 anos de vida, levava 10 gols em uma única partida. Já pelos lados do Bahia, só alegria e satisfação pela atuação de gala, um resultado que foi qualificado pela edição do jornal A Tarde de 21 de novembro de 1938 como “escore arranha-céu”.

Bahia 10 x 2 Vitória

Data: 20/11/1938
Local: Campo da Graça
Árbitro: Anísio Teixeira
Gols: Marzol (3), Vareta (3), Pedro Amorim (3) e Jorge, para o Bahia; e Manoelito (2), para o Vitória.
Bahia: Maia (Menezes); Bahiano e Tarzan (Serra); Mário Ramos, Munt e Gia; Pedro Amorim (Antenor); Marzol, Vareta (Tintas), Kuko e Jorge.
Vitória: Henriquinho; Aloísio I e Olival (Umbelino); Bengalinha, Mozart e Aloísio II; Mesquita, Manoelito, Sirim Mila e Zezé Catharino.

O maior de todos os massacres

Ao contrário do que aconteceu em 1938, quando o Vitória tomou 19 gols em apenas dois jogos contra o Bahia, os Ba-Vis de 1939 foram bastante disputados. Nos três clássicos do Estadual daquele, o Bahia levou a melhor em um, o Vitória em outro e houve um empate.
Como tira-teima e de olho numa grana extra vinda da renda do clássico, os dirigentes dos clubes resolveram organizar um Ba-Vi para 8 de novembro, dia da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Só um time considerou o jogo como amistoso, o Vitória, e se deu mal. Obstinados como se estivessem numa final de campeonato, os tricolores partiram com tudo para cima do leão e reviveram as épicas goleadas do ano anterior, quando venceu o rival por 9 a 4 e por 10 a 2.
O primeiro tempo terminou em 3 a 1 para o esquadrão de aço, com gols de Tintas, Vareta e Nelson, sendo que Mozart fez o de honra do Vitória. O técnico rubro-negro culpou o goleiro pelo fiasco e promoveu uma troca na posição para a segunda etapa – Henriquinho entrou no lugar de Scheppi. Não adiantou.
Aos nove minutos da etapa final, Antenor fez o quarto. Aos 22, Vareta anotou o quinto. Até os 40, o Bahia faria mais quatro gols – dois de Vareta, um de Luiz Viana e um de Nandinho. Nos acréscimos, Vareta ainda achou tempo para marcar o décimo.
De alma lavada, a torcida tricolor saiu do Campo da Graça direto para os festejos por Nossa Senhora da Conceição, comemorando a maior goleada da história dos Ba-Vis à base de muita comida típica baiana e cerveja.

Bahia 10x1 Vitória

Data: 08/12/1939
Local: Campo da Graça
Árbitro: Anísio Silva
Gols: Vareta (5), Tintas, Luiz Viana, Nandinho, Antenor e Nélson, para o Bahia; Mozart, para o Vitória.
Bahia: Menezes; Heitor e Serra; General, Munt e Gia; Antenor, Tintas, Nélson (Nandinho), Jorge (Luiz Viana) e Dedé.
Vitória: Schepi (Henriquinho); Umbelino e Bubu (Heitor); Bengalinha, Mesquita e Zé Catharino; Mozart, Durval, Siri, Raul e Vavá Tourinho (Francisco).

A maior em 57 anos

Era para ser um Ba-Vi como outro qualquer. Cheio de rivalidade, muito disputado, com jogadas ríspidas, discussões, provocações, gols, se possível, e tudo mais que caracteriza o clássico. Afinal, o jogo não valia nada. Era apenas mais um daqueles inúmeros Ba-Vis de fase classificatória de Campeonato Baiano. O Bahia liderava o grupo dele, o Vitória idem, e ambos caminhavam firmes e fortes rumo à uma classificação tranqüila para as fases finais.
Mas o que era para ser só um entre tantos outros Ba-Vis transformou-se numa das maiores tragédias tricolores e na mais sonora goleada rubro-negra em 57 anos. Foi em 20 de fevereiro de 2005, no Barradão.
O Vitória chegou a estabecer 6 x 1. O Bahia ainda diminuiu no finalzinho. Nada que evitasse a humilhação histórica.


O Vitória começou se aproveitando dos erros defensivos do Bahia e abriu o placar logo aos quatro minutos, com Alecsandro, escorando de cabeça uma cobrança de escanteio. Pouco depois, o lateral-direito Edílson, cobrando falta com extrema categoria, fez o segundo.
Apesar dos dois gols sofridos precocemente, o tricolor mostrou forças para reagir e diminuiu, com o atacante Dill, de cabeça, aos 17 minutos. O time se animou, foi para cima, criou chances de empatar, mas o Vitória jogou um balde de água fria nos ânimos do adversário, quando, aos 32 minutos, com Gilmar, aproveitando novo vacilo defensivo.
Com 3 a 1 contrário, o Bahia voltou batido para o segundo tempo. Atordoado, o tricolor só fez assistir ao baile rubro-negro aos gritos de olé da torcida do leão. Mais gols rubro-negros pareciam precisar apenas de tempo para acontecer. Dito e feito. Aos quatro minutos, Gilmar fez 4 a 1. Claudiomiro anotou o quinto aos 11. Leandro Domingues fechou a goleada aos 32.
Apesar de não ter balançado as redes, merece uma menção honrosa o meia Zé Roberto, do Vitória. Ele foi fundamental no jogo. Com muita velocidade e movimentação, participou da grande maioria das jogas ofensivas e foi o maestro do leão.
Fernando Miguel, nos acréscimos, ainda proporcionou o último suspiro do surrado Bahia, que não era nocauteado por tantos socos desde o Ba-Vi de 2 de julho de 1948, quando caiu por 7 a 2. Já o Vitória repetiu o placar do dia 5 de setembro de 1935 e manteve o tabu de há sete anos não perder em casa para o rival.

Vitória 6x2 Bahia

Data: 20/02/205
Local: Barradão
Arbitragem: Manoel Nunes Lopo Garrido, assistido por Alessandro Mattos (Fifa) e Belmiro da Silva.
Preliminar: Vitória 0x2 Bahia (Campeonato Baiano de Juniores).
Gols: Alecsandro, aos 4min, Edilson, aos 10min, e Dill, aos 17min, e Gilmar, aos 32min do 1o tempo; Gilmar, aos 4min, Claudiomiro, aos 11min, Leandro Domingues aos 32min, e Fernando Miguel, aos 47min do 2o tempo.
Cartões amarelos: Edilson, Felipe, Xavier, Sandro, Vinicius, Fernando Miguel, Allyson, Viola e Paulinho.
Cartão vermelho: Luís Alberto, aos 27min do 2o tempo.

Vitória: Felipe; Edilson, Marcelo Heleno, Claudiomiro e Sandro; Vinícius, Xavier, Arivélton (Leandro Domingues) e Zé Roberto (Magnum); Gilmar e Alecsandro (Danilo Bueno).
Técnico: Renê Simões.
Bahia: Márcio; Paulinho (Marcos Vinícius), Neto, Alysson e Bruno; Fernando Miguel, José Magno (Luís Alberto), Cícero (Ernane) e Guaru; Dill e Viola.
Técnico: Hélio dos Anjos.

Leão faz cinco

O Bahia estava mal das pernas no Baianão de 1996. Tanto que chegava àquele clássico sem nenhuma condição de se classificar para as finais da competição. Ao menos em campo. Para ser finalista, além de vencer o Vitória, o tricolor ia tentar tirar pontos do Conquista no tapetão, alegando escalação irregular de jogadores da equipe interiorana.
Já o Vitória fazia uma bela campanha e estava embalado. Mesmo garantido na final, o leão entrou em campo disposto a derrotar o maior rival. Começou a ver se realizar o seu desejo aos 11 minutos, quando o meia Adoílson abriu o placar.
Só que o felino subestimou a presa, achou que a fatura estava no papo e acabou levando um susto. “Cabo” Lima acabou deixando tudo igual numa violenta cobrança de falta. O gol serviu para recolocar o rubro-negro no jogo. Mais atento, com um time melhor, o Vitória de tomar as rédeas da situação.
Emerson, de cabeça, colocou o leão na frente de novo, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, atrevido o Bahia ensaiou uma sobrevida e empatou novamente, com o estreante Marcelo. O tricolor achou que tinha condições de encarar, de igual para igual, o atual campeão baiano em pleno Barradão. Ledo engano.
O Vitória se impôs definitivamente na partida e fez o terceiro, aos 22, com o meia Adoílson, contando com a colaboração do goleiro Washington. Três minutos mais tarde, Batistinha fez o quarto. Foi a senha para o “olé” começar a ecoar das arquibancadas. Aos 35 anos, Ney Santos, de pênalti, fez o quinto e deu início a mais uma temporada de gozações dos rubro-negros sobre os tricolores.
Foi a primeira vez em 48 anos que o leão sapecou cinco gols no Bahia numa única partida.

Vitória 5x2 Bahia

Vitória: Michel, Renato Júnior, Émerson(Reinaldo) e Romero(Eliomar); Ney, Bebeto, Kléber e Giuliano; Adalberto(Batistinha) e Adoílson.
Técnico: Edinho Nazareth.
Bahia: Washington, Mailson(Gláucio), Parreira, Peu e Misso; Lima; Eduardo, Fábio Costa e Baiano; Marcelo e Naldinho(Jorginho Capixaba) . Técnico: João Francisco.
Local: Estádio Barradão.
Gols: Adoílson(10min/1º e 24min/2º), Émerson(29min/1º), Batistinha(26min/2º) e Ney Santos(35min/2º) para o Vitória,
Cartões Amarelos: Renato e Ney (Vitória), Parreira, Lima, Fábio Costa e Jorginho Capixaba (Bahia).
Público: 4.447 pagantes.
Arbitragem: Rosalvo Mota(BA), Osvaldo Silva(BA) e Wilton Barbosa(BA


Estatísticas do Ba-Vi

Números Totais


Números totais

Estatística dos Ba-Vis
Número de jogos445
Vítórias do Bahia177
Vitórias do Vitória136
Empates132
Gols marcados pelo Bahia598
Gols marcados pelo Vitória499
Total de Gols marcados1097

[editar]Números por competição

CompetiçãoJogosVitórias do BahiaVitórias do VitóriaEmpatesGols do BahiaGols do VitóriaTotal de Gols
Campeonato Brasileiro277119242549
Campeonato do Nordeste11452162339
Campeonato Baiano3101288894416330746
Torneios Nacionais12543111122
Torneios Estaduais e Soteropolitanos3511177414182
Amistosos502211179269161
Total4451771361325984991097
  • Maiores públicos de Ba-Vis em campeonatos brasileiros da primeira divisãoÚltimo confronto considerado: Bahia 2x1 Vitória em 28 de fevereiro de 2010, pelo Campeonato Baiano.
  • Maior goleada do Bahia: 10 a 1 em 8 de Dezembro de 1939.
  • Maior goleada do Vitória: 7 a 1 em 2 de Julho de 1948.
  • Maior goleador do Bahia: Carlito (anos 1950 e 60), 21 gols.
  • Maior goleador do Vitória: Juvenal (anos 1940 e 50), 25 gols.
  • Maior goleador do Bahia em um único Ba-Vi: Vareta, 5 gols (Bahia 10 a 1 Vitória), 8 de Dezembro1939). de
  • Maior goleador do Vitória em um único Ba-Vi: Índio, 4 gols (Vitória 6 a 5 Bahia, 22 de Abril de 2007).
  • Maior série invicta do Bahia: 14 jogos (6 vitórias e 8 empates) 23 de novembro de 1981 a 21 de março de 1984.[2]
  • Maior série invicta do Vitória: 14 jogos (7 vitórias e 7 empates) 18 de agosto de 1963 a 3 de março1968.[2] de
  • Jogo com muitos gols para os 2 times: Vitória 6 a 5 Bahia em 2007.

Maiores públicos do Ba-Vi (publico pagantes)

  1. Bahia 1 a 1 Vitória, 97.240, 7 de Agosto de 1994 OBS; MAIS DE 100.000 Pessoas presentes.
  2. Bahia 0 a 1 Vitória, 90.000, 26 de Março de 1972
  3. Bahia 0 a 3 Vitória, 87.725, 23 de Fevereiro de 1997
  4. Bahia 2 a 1 Vitória, 87.117, 29 de Novembro de 1981
  5. Bahia 1 a 0 Vitória, 84.785, 1 de Agosto de 1971
  6. Bahia 0 a 0 Vitória, 84.359, 29 de Março de 1998
  7. Bahia 3 a 3 Vitória, 79.824, 27 de Julho de 1997
  8. Bahia 0 a 0 Vitória, 78.881, 27 de Maio de 1979
  9. Bahia 0 a 0 Vitória, 76.281, 15 de Dezembro de 1974
  10. Bahia 2 a 4 Vitória, 75.044, 6 de Abril de 1997
  1. Bahia 3 a 3 Vitória, 79.824, 27 de Julho de 1997
  2. Vitória 1 a 1 Bahia, 67.385, 21 de Outubro de 2001
  3. Bahia 1 a 1 Vitória, 67.086, 5 de Novembro de 1995
  4. Bahia 1 a 0 Vitória, 64.078, 4 de Outubro de 2000
  5. Vitória 1 a 1 Bahia, 60.270, 13 de Outubro de 1996
  6. Bahia 0 a 0 Vitória, 57,890, 12 de Novembro de 1972
  7. Bahia 1 a 0 Vitória, 57.276, 13 de Novembro de 1977
  8. Bahia 0 a 1 Vitória, 56,677, 23 de Abril de 1978
  9. Bahia 4 a 0 Vitória, 53.683, 9 de Julho de 1978
  10. Bahia 0 a 1 Vitória, 49.558, 11 de Novembro de 1973

Ba-Vis históricos (A favor do Bahia)

Bahia 2 a 1 Vitória (1976)
O Vitória saiu na frente com Osni, de pênalti, no 1° tempo. No 2° tempo, houve mais um pênalti contra o Bahia, Osni cobrou e o goleiro defendeu. Logo depois da defesa, o Bahia contra-atacou e empatou com Douglas e depois Beijoca virou o placar. Esse jogo representou a largada para o tetra estadual do Bahia.
Bahia 4x0 Vitória (1978)
Campeonato Brasileiro de 1978. Um triunfo por mais de 2 gols de diferença valia 3 pontos, e o Bahia precisava disso. Pela primeira vez, as palavras do locutor do Fantástico: o Bahia goleou o Vitória "com os gols mais bonitos da rodada!". Realmente, foi uma tarde de lindos gols, todos no primeiro tempo: 2 do meia Altimar (o primeiro logo no início, encobrindo de primeira, e de fora da área, o bom goleiro Gélson), outro do artilheiro Beijoca (em tabelinha espetacular, de 4 toques, com o craque Douglas) e o último, do lateral direito Toninho (uma tijolada de fora da área, no ângulo).
Bahia 1 a 0 Vitória (1979)
O Vitória era favorito ao título baiano, mas no 2° tempo o tricolor Fito Neves deu chute forte do "meio da rua" e o goleiro rubro-negro Gélson tomou 1 frangaço histórico. Bahia heptabaiano.
Bahia 3 a 0 Vitória (1988)
Bahia bateu fácil seu rival. No 3° gol, o goleiro leonino agrediu o atacante tricolor Osmar, gerando uma verdadeira batalha campal. A diretoria do Vitória tentou pedir em vão anulação do jogo, alegando que a partida não tinha acabado e todos os jogadores foram expulsos (com exceção do agredido Osmar). O tricampeonato baiano foi confirmado para o Bahia.
Bahia 1 a 1 Vitória (1994)
Foi o clássico Ba-Vi de maior público no Estádio da Fonte Nova. O Bahia começou mal o estadual, mas deu a volta por cima, chegando na final contra o Vitória precisando apenas do empate. No 1° tempo, o Bahia domina, perde grandes chances com Uéslei e Zé Roberto e no final desta etapa Dão fez 1 a 0 para o rubro-negro. No 2° tempo, o Vitória domina o jogo e também perde chances de conquistar o título através de Fabinho e Alex Alves. Nos acréscimos do jogo, quando a torcida tricolor saía do estádio decepcionada, em contraste com a alegria da torcida leonina, ocorre o inesperado quando o goleiro Jean toca a bola para Missinho, que lança para Advaldo, que resvalou de cabeça para Souza, que também resvalou de cabeça para Raudinei, aos 46 mim do segundo tempo, empatar o jogo. Delírio total da massa tricolor e desespero para torcida leonina. Bahia bi-baiano.
Vitória 2 a 2 Bahia (2002)
Vitória chegou como favorito ao título do campeonato do NE na final contra o Bahia. Na partida de ida, na Fonte Nova, o Bahia venceu o rival por 3 a 1.Na partida de volta,no Barradão, o Vitória teria que vencer por 2 gols de diferença para ganhar este campeonato. No 2° tempo,aos 6 min, Robson Luis(Vi) fez 1 a 0 , mas Nonato(Ba)empatou aos 17. Aos 21, Fernando(Vi) desempatou de pênalti.A taça parecia que iria ficar com o Vitória, em função da pressão contra o Bahia, mas aos 41mins., num contra-ataque, Nonato empatou de cabeça e deu o título ao Bahia. Bahia Bi do NE, e consagração de Nonato, maior artilheiro do Bahia no século XXI.
Vitória 1 a 4 Bahia (2008)
O Bahia havia ganhado os dois primeiros BaVis do ano. Uma vez no Barradão (2 a 0) e outra vez em Feira de Santana (1 a 0), mas foi nesse BaVi que a torcida do Bahia fez a sua verdadeira festa. O Tricolor deu um banho de bola no rival rubro-negro. Com gols de Alison, Elias e Rogério (duas vezes), o Bahia goleou por 4 a 1, espalhando a festa por toda a cidade.

Ba-Vis históricos (A favor do Vitória)

Vitória 1 a 0 Bahia (1992)
Gol de Artuzinho, o Vitória jogava com 9 jogadores desde o início do primeiro tempo e mesmo assim dominou o jogo e venceu o Bahia, acostumado a ser beneficiado pelas arbitragens locais.
Vitória 3 a 2 Bahia (2003)
O Bahia vencia por 2 a 0 até o finalzinho do segundo tempo. Faltando quinze minutos para o final do jogo, o atacante Nádson entrou em campo e fez 3 gols, para delírio da torcida rubro-negra.
Vitória 2 a 2 Bahia (2005)
Pela final do Campeonato Baiano de 2005, o Vitória jogava por dois empates. O Bahia fez 1x0 no início do jogo e Marcelo Heleno empatou, com uma comemoração inusitada, mastigando a grama da Fonte Nova em sinal de "raça". O Bahia novamente abriu vantagem e aos 44 minutos do segundo tempo o meia Xavier emocionou a todos com o gol de empate, que seria o gol do título, já que o jogo de volta terminou empatado em 0x0.
Vitória 6 a 2 Bahia (2005)
Jogo sensacional no Barradão com o Vitória dominando a partida do início ao fim.
Bahia 2 a 4 Vitória (2007)
Fase de classificação do campeonato baiano, jogo aparentemente muito fácil para o Vitória que abriu 2 gols mas o Bahia foi buscar o placar e empatou em quase dois lances seguidos entre os 38 e 43 do 2º tempo, mas brilhou a estrela do jogador Índio e Bida que fizeram a diferença e emplacando mas dois gols já nos descontos da partida fechando o placar em 4 a 2 para o Vitória.
Bahia 5 a 6 Vitória (2007)
No dia 22 de abril, valendo pela 1ª rodada do Quadrangular Final do Campeonato Baiano, tivemos um jogo histórico. 65 mil pessoas viram o Bahia marcar o primeiro gol do jogo aos 4 minutos do 1° tempo, com Danilo Rios. Depois de 30 minutos de domínio tricolor, o rubro-negro empatou e virou a partida em 5 minutos com Jackson, aos 30, e Índio, aos 35 minutos. Fausto, aos 38, e Danilo Rios, aos 45, viraram mais uma vez a partida, dessa vez para o tricolor. O 2° tempo já começou com um pênalti marcado para o Vitória, que Índio bateu e fez: 3x3. A arrancada rubro-negra viria em apenas 5 minutos com Apodi e Índio, aos 20 e 25 minutos, respectivamente, fazendo 3x5 para o Leão. O jogo parecia definido, os dois times exaustos dentro de campo, rubro-negros vibrando e tricolores lamentando. Mas Ba-Vi é Ba-Vi: em 3 minutos o Bahia conseguiu arrancar o empate num jogo dito como terminado com Fábio Saci e Rafael Bastos, aos 41 e 44 minutos. Sensação de decepção nos jogadores do Vitória e de realização nos do Bahia, por terem arrancado um empate tão heroicamente. Mas ainda restavam alguns segundos de jogo, boa parte da torcida já ia embora quando Índio, já com 3 gols na partida, dominou a bola fora da área tricolor e meteu um chute no canto do goleiro Paulo Musse, completando um histórico 5x6, que fez com que toda a massa rubro-negra, literalmente, saísse de si e corresse de um lado para o outro. Ao final da partida, alguns segundos depois, ainda era difícil de acreditar, tanto tricolores como rubro-negros pareciam incrédulos, apesar de demonstrarem essa sensação bem diferentemente, uns choravam e outros gritavam de alegria, embora todos soubessem o que acabavam de ter testemunhado: um dos maiores clássicos de todos os tempos.
Bahia 0 a 3 Vitória (2008)
4º Rodada do Quadrengular final do Campeonato Baiano, o Bahia havia vencido os últimos três Ba-vis e estava com a mão na taça e com uma vitória simples decidiria o campeonato, mas o vitória ganhou o jogo e foi bicampeão com 1 gol de diferença

BA-VIs que decidiram títulos

Campeonatos Baianos

O Bahia venceu as finais de 1947 (3 a 1), 1950 (2x1, 3x4 e 3x1), 1958 (1x0), 1959 (1x1), 1962 (2x1), 1971 (1x0), 1974 (1x0), 1975 (0x0), 1976 (1x0), 1979 (1x0), 1981 (2x1), 1988 (3x0), 1993 (0x0), 1994 (1x1) e 1998 (2x0 e 0x1), 2012 (0x0 e 3x3). No total, 16 vezes
O Vitória ganhou as finais de 1955 (3x0, 1x2 e 4x3), 1957 (2x0), 1964 (2x1, 1x2, 2x1), 1972 (2x1 e 3x1), 1989 (0x0), 1992 (3x3), 1997 (3x0 e 0x1), 2000 (1x1 e 3x1), 2004 (1x1 e 1x0), 2005 (2x2 e 0x0) e 2009 (2x1 e 2x2), 2010 (1x0 e 1x2). No total, 12 vezes

Copas do Nordeste

O Bahia ganhou em 2002 (3x1 e 2x2). O Vitória venceu em 1997 (3x0 e 1x2) e 1999 (2x0 e 0x1).

Títulos

Quadro comparativo

Competições NacionaisBahiaVitória
Campeonato Brasileiro20
Copa do Nordeste25
Campeonato Baiano4426
Torneio Início da Bahia911
Taça Estado da Bahia33
Total6045


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